O navio dos loucos, Hieronymus Bosch, 1490-1500. A pintura “A nau dos loucos”, de Hieronymus Bosch , constitui uma adequada alegoria do que se passa no Brasil neste ano de 2020, em que nos encontramos em plena crise sanitária do COVID-19. Temos como presidente o condutor de um circo dos horrores (que inclui o uso literal de palhaço para atacar quem o questiona), cuja aparente loucura está associada à ação conjunta de pastores neopentecostais aproveitadores, crentes ingênuos e extremistas (muitos defensores do terraplanismo), militares egoístas, banqueiros avarentos, empresários gananciosos e políticos malandros. Trazendo esta alegoria para a realidade nacional, a partir do consórcio do mau acima mencionado, que colaborou para a sua eleição e sustenta o seu governo até agora, é possível estabelecer, como firme hipótese, que Bolsonaro não é um político ingênuo nem muito menos maluco. Ao contrário do que muitos sustentam, ele tem um claro plano...