Em
pouco mais de um ano e meio o Brasil ingressou num verdadeiro estado de caos
político, social e econômico e transformou-se numa terra sem perspectiva para a
população, que enfrenta cada dia mais desesperada, empobrecida e entristecida.
Com
o sopro ardente da maldade estabeleceram o pesadelo que parece não ter fim, e
impuseram, de cima para baixo, a
destruição do país que crescia, florescia e dava sinais de esperança de uma
vida melhor para milhões de brasileiros que, anteriormente, jamais haviam tido qualquer
oportunidade.
A
partir de junho de 2013 surgiram, aparentemente do nada, os ventos fortes de
uma suposta “primavera brasileira”, que estaria por vir. Os movimentos de ruas,
nas grandes cidades brasileiras, pegaram políticos e cientistas sociais de
surpresa, porque não souberam identificar suas reais origens.
Muitos
pensaram que se tratava de autêntica onda revolucionária, impulsionada
espontaneamente pelo efeito das modernas redes sociais, e quiseram crer que uma
simples reivindicação de redução em vinte centavos no preço da tarifa das
passagens de ônibus poderia ser a mola propulsora da grande revolução popular
brasileira.
Hoje
se sabe que, por detrás das manifestações de 2013, havia perigosos interesses
internacionais a financiar uma duríssima investida contra a soberania do país,
a exemplo do que já se tinha passado em 2010, no Norte da África e no Oriente
Médio, com a tal “primavera árabe”, que culminou em brutal retrocesso social,
político e econômico para os países daquela região, após serem tomados por
imaginários levantes populares.
Tais
levantes foram muito semelhantes aos que ocorreram na Turquia (onde se
constituíram em verdadeira conspiração de estado); são parecidos com os que ocorrem,
na atualidade e com igual motivo, no Irã; estão também na origem dos ventos
nocivos que tentam o tempo todo fazer soprar
sobre os ares da Rússia e China; sendo os mesmos que já invadiram o território
da Venezuela. A reuni-los, o fato de que todos os citados constituem países que
se opõem (ou se opuseram) aos interesses hegemônicos do capital das bancas
anglo-americanas.
As
marchas de junho de 2013 serviram de porta-estandarte para o que viria a acontecer
no decorrer do processo eleitoral de 2014 no Brasil, quando começaram a sabotar
de forma criminosa o próprio país, com a única finalidade de impedir a reeleição
de Dilma Rousseff no final de outubro daquele ano.
Referida
sabotagem foi instrumentalizada pelos representantes de interesses locais e
alimentada pelos raivosos contra os avanços sociais, que, associados para a
destruição do projeto de uma nova nação, paralisaram o país mediante um “lock
out”, que fez a produção e o consumo
interno serem reduzidos até levar o país ao caos.
Vale
lembrar que em fevereiro de 2014 o Brasil registrou o maior consumo de energia
de sua história; e, para se estabelecer o verdadeiro desencadear dos fatos, é
preciso também registrar que o desemprego teve início expressivo exatamente a
partir de julho do mesmo ano, conforme dados, respectivamente, da ANEL e do
IBGE; ou seja, estas duas informações deixam evidente que o país crescia, mas
foi propositalmente paralisado por causa das eleições.
Os
empresários que aderiram a esse movimento hoje choram, porque depois disso ingressamos
na maior tragédia política nacional, que culminou no sórdido golpe político,
que afastou do poder uma presidente da República que não cometeu qualquer
delito, para entregar o destino do país nas mãos dos atuais dirigentes, que se
dedicam a atuar diariamente contra o povo, mediante a retirada de verbas da
educação, saúde, ciência e tecnologia, a implantação de limitações para as
aposentadorias, a redução dos salários, entre outras maldades.
Não
satisfeitos, entregaram a maior descoberta brasileira de todos os tempos, os
campos de petróleo da área do “Pré-sal”, de forma a permitir que petroleiras
estrangeiras explorem petróleo sem pagar tributos, podendo comprar todos os
equipamentos no exterior, sem gerar qualquer emprego ou vantagens para os
brasileiros.
E,
em total menosprezo à noção de soberania nacional, querem entregar aos
norte-americanos a base de lançamento de mísseis de Alcântara, no Maranhão, bem
como a empresa brasileira de construção de aviões (EMBRAER).
No
dia 4 de janeiro foi anunciado que a Petrobrás irá fazer um acordo com
acionistas norte-americanos, em decorrência de uma ação judicial sobre cuja
procedência, origem ou causa pouco ou nada se sabe.
Nesta
tragédia em que se envolveu o Brasil, perdem os empresários e os trabalhadores brasileiros;
ganham os bancos e o mercado financeiro internacional, que não têm alma nem
pátria.
Conforme
afirmou certa vez o comandante do Exército, o país está à deriva, com suas
forças políticas e sociais completamente desequilibradas e sem condições de
restaurar a esperança necessária para nos recolocar no rumo do crescimento.
Muito
brasileiros desavisados, juntamente com outros mal-intencionados, jogam o
destino do país nas mãos de juízes e tribunais, que são meros integrantes de
uma estrutura de poder historicamente constituída para reprimir, não sendo seu
papel o de fazer a legítima política, pela qual se constrói uma nação.
A
salvação não virá jamais dos tribunais, pois somente poderá vir da política e do
equilíbrio das forças políticas e sociais.
Por
tal razão, vejo que afastar Lula do processo eleitoral de 2018 poderá
constituir a quebra do consenso político que favoreceu trabalhadores e
empresários nos últimos anos de desenvolvimento do país. Além de representar o
grave risco de ampliação do fascismo e do ódio, que tomaram conta do país desde
quando sopraram os ventos de junho de 2013, cujo único objetivo, como hoje é
possível inferir, era atentar contra a soberania do Brasil.
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