Pular para o conteúdo principal

EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO

O Supremo não tem sido o guardião da Carta Magna, permitindo que ela seja rasgada’, afirma Folena

  • tamanho da fonte  
Da esq. para a dir., Hariberto de Miranda Jordão Filho, Sergio Sant’Anna, Rita Cortez, Rodrigo Mascarenhas, Luciano Bandeira, Fábio Nogueira e, na tribuna, Jorge FolenaDa esq. para a dir., Hariberto de Miranda Jordão Filho, Sergio Sant’Anna, Rita Cortez, Rodrigo Mascarenhas, Luciano Bandeira, Fábio Nogueira e, na tribuna, Jorge Folena
No Ato em Defesa da Constituição Federal, promovido pelo Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) no seu plenário histórico na última terça-feira (17/12), o 1º vice-presidente da Comissão de Direito Constitucional do IAB, Jorge Folena, afirmou: “As instituições não estão fazendo cumprir as normas constitucionais, e o Supremo não tem sido o guardião da Carta Magna, permitindo que ela seja rasgada”. O ato foi aberto pela presidente nacional do IAB, Rita Cortez, e pelo presidente da comissão, Sergio Sant’Anna. Após as palestras e debates, houve o lançamento, na Biblioteca Daniel Aarão Reis, do livro intitulado O Instituto dos Advogados Brasileiros e os 30 anos da Constituição Federal: temas abordados pela Comissão de Direito Constitucional.
Compareceram ao ato o subprocurador constitucional do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), Rodrigo Mascarenhas; o presidente da OAB/RJ, Luciano Bandeira, e o secretário-adjunto da Seccional, Fábio Nogueira. Rodrigo Mascarenhas destacou o posicionamento firme do CFOAB em defesa da Constituição e da eficácia da sua aplicação. Para Sergio Sant’Anna, “é preciso que as comissões de Direito Constitucional do IAB e da OAB Nacional promovam maior estreitamento de laços e atuem juntas no debate e na elaboração de propostas voltadas para os grandes temas enfrentados pelo País”.
Membro das comissões de Direito Constitucional e Direitos Humanos do IAB, Roberto Alves dos Reis também se manifestou. “A advocacia é capaz de mudar o Brasil, porque representa a defesa da democracia”, afirmou ele. Integrante da Comissão de Direito Constitucional e membro do Conselho Superior do IAB, Hariberto de Miranda Jordão Filho alertou que “as forças conservadoras estão testando para ver até onde a sociedade irá suportar o desrespeito à Constituição e a eliminação homeopática da democracia, para poderem implantar o fascismo”.

Fonte: Assessoria de Imprensa do IAB Nacional

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SEQUESTRO DAS NAÇÕES PELO CAPITAL

Foto de Aly Song/Reuters O jornalista Andy Robinson, em seu livro “Um repórter na montanha mágica” (Editora Apicuri, 2015), revela de que forma os integrantes do exclusivo clube dos ricos de verdade comandam a política universal, a partir da gelada Davos, e patrocinam a destruição de nações inteiras para alcançar seus objetivos econômicos particulares. Muito antes que alguns cientistas sociais cunhassem a expressão “tropa de choque dos banqueiros”, ao se referirem ao grupo considerado como classe média, Robinson desvendou como aqueles menos de um por cento da população universal manipulam sem qualquer piedade os outros noventa e nove por cento, inclusive promovendo ações sociais de suposta bondade, que contribuem para aumentar e perpetuar a miséria entre os povos. Ao falar sobre as mencionadas ações caritativas, patrocinadas por bilionários como Bill Gates e o roqueiro Bono da banda U2, Slavoj Zizek rotulou seus realizadores   de “comunistas liberais”, que manipulam org...

O país ingovernável

  Por Jorge Folena   No dia 27 de julho de 1988, o ex-presidente José Sarney, com certo tom de ameaça, dirigiu-se aos constituintes, em cadeia nacional de rádio e televisão, para afirmar, ao longo de vinte e oito minutos, que o texto constitucional que estava para ser aprovado deixaria “o país ingovernável”.  Na verdade, José Sarney manifestou na ocasião os interesses mais atrasados da classe dominante brasileira, que entendia que o reconhecimento dos amplos direitos sociais inseridos na Constituição brasileira de 1988 teria um grande impacto sobre o orçamento geral da União, controlado para satisfazer apenas os interesses dos muito ricos, deixando os pobres entregues à própria sorte. É importante lembrar, por exemplo, que, antes da Constituição de 1988 não existia o sistema único de saúde com atendimento universal para todos os brasileiros.  E o presidente Sarney, com o velho e surrado argumento, afirmava que o novo texto constitucional representaria um desencorajam...

Superação do fascismo no Brasil

A nau dos loucos de H. Bosch Por Jorge Folena   Infelizmente, as instituições têm normalizado o fascismo no Brasil. E foi na esteira dessa normalização do que deveria ser inaceitável que, na semana passada circulou nas redes sociais (em 02/07/2024) um vídeo de treinamento de policiais militares de Minas Gerais, em que eles corriam pelas ruas cantando o refrão “cabra safado, petista maconheiro”. [1] O fato configura um absurdo atentatório à Constituição, pelo qual todos os envolvidos (facilmente identificáveis) deveriam ter sido imediatamente afastados das suas funções, inclusive sendo determinadas prisões disciplinares, e, em seguida, sendo processados administrativa e criminalmente.  Outro caso esdrúxulo foi o de um desembargador do Paraná, que em plena sessão de julgamento, não teve qualquer escrúpulo em derramar toda a sua misoginia, ao criticar o posicionamento de uma mulher (o caso analisado no tribunal era de uma menina de 12 anos, que requereu medida protetiva contra a ...