JUDICIÁRIO COLABORA NA DIVULGAÇÃO DA MENTIRA, ESPERTOS GANHAM DINHEIRO E TOLOS APLAUDEM VIOLAÇÃO DA DEMOCRACIA
No dia 17 de fevereiro de 2016, quando o Supremo Tribunal Federal decretou, do nada, o fim da presunção de inocência no Brasil (exatamente isto!), deixou claro o sinal de que o presidente Luis Inácio Lula da Silva seria preso alguns dias depois para, provavelmente, ser afastado, pela força da Justiça, da disputa presidencial de 2018.
Isto porque farão de tudo para encarcerá-lo e mantê-lo preso, a menos que o seu partido, os movimento sociais e o povão (principalmente os pobres, tão odiados pela direita e por algumas pessoas da classe média) resistam com força e tomem as ruas e as praças do país, em defesa da sua liderança política. Este é o único jeito político de combater os golpistas ou muitos dos que acreditam na via institucional estarão perdidos e também serão presos em breve.
O papel mais relevante de um Poder Judiciário (com sua origem e estrutural aristocrática e feudal) é servir à repressão institucional contra o povo e seus líderes. Não esperem da justiça imparcialidade, porque ela não virá!
Assim está registrado em diversas passagens da história recente do país, como o golpe de 1964, quando ministros do Supremo Tribunal Federal, no Plenário da Corte, saudaram como bem vinda a ditadura, que se instalou inicialmente pelo governo de Castelo Branco, com a tomada do poder de um governo democrático e no curso do seu mandato.
O mesmo ocorreu no Chile, em 12/09/1973, quando o presidente da Suprema Corte (Enrique Urrutia Manzano) manifestou, por meio de nota oficial, sua complacência com o golpe liderado por Pinochet, como publicado no Jornal El Mercurio, de 13/09/1973.
O Judiciário, o Ministério Público e a Polícia estão cumprindo seu papel de forças auxiliares para a manutenção dos interesses dos ricos, que ganham cada vez mais dinheiro e têm seu patrimônio protegido por tais instituições, que, de forma geral, se omitem em relação aos milhares de negros, pobres e índios que estão sendo exterminados nos subúrbios das grandes cidades e no campo (desta forma, não precisam mais construir penitenciárias para isolar os "maus da sociedade dos bons").
Esta mesma força auxiliar trabalha para manter limpos os "guetos cercados" por Unidades de Polícia Pacificadora, modelo importado da Colombia e implantado desde 2007, aqui, no Rio de Janeiro, criando um verdadeiro estado de exceção na decantada"democracia".
Ontem, 03 de março de 2016, a mentira - mais uma vez - triunfou, porque uma revista ("Isto é") divulgou, de forma irresponsável, um suposta delação do senador Delcídio do Amaral, que, por nota oficial, negou a reportagem. Com isto, muita gente que opera na Bolsa de Valores e no mercado financeiro ganhou muito dinheiro com a venda de ações em baixa, que, em seguida, milagrosamente subiram de cotação, como as da Petrobras - empresa massacrada diariamente pela mídia tradicional.
A Petrobras é uma empresa para ser defendida pelos brasileiros, e não entregue aos estrangeiros, como almejam setores reacionários do país, que transparecem a ideia de que é a empresa mais corrupta e a pior do mundo.
Falam como se a corrupção não fosse gerada pelo capital e seus agentes, e como se as demais petroleiras e os bancos fossem entidades santas, que jamais destruíram nem saquearam as nações pobres pelo mundo a fora.
Um dos exemplos de sua atuação nociva, no Brasil, foi a privatização da Vale do Rio Doce e de todas as empresas públicas de telecomunicação, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Nada foi apurado até hoje pela Polícia Federal, pelo Ministério Público ou pelo Poder Judiciário.
O único a lutar até hoje pela Vale do Rio do Doce é o guerreiro e competente advogado Eloá dos Santos Cruz, nas ações populares que moveu contra a venda da mineradora, mas que o Judiciário brasileiro se omite de examinar com profundidade os fatos e graves documentos apresentados nos processos. Tentaram até mesmo cassar a inscrição de advogado do Dr. Eloá e calá-lo, por meio de medidas jurídicas movidas contra ele. Porém, o advogado do povo - assim o chamo - continua sua luta e resistência, sem que qualquer juiz federal, ministros dos tribunais superiores e procuradores acolham suas denúncias. A mídia esconde as denúncias do advogado, porque talvez possam atingir os governos do PSDB e seu maior líder, FHC.
O ministro relator do caso da "operação lava a jato", no Supremo Tribunal Federal, tinha o dever jurídico e moral de declarar para a opinião pública se existe ou não a dita delação premiada, a fim de se evitar a especulação financeira em curso, que mexe com a poupança dos brasileiros; até porque, se o processo é sigiloso, como e por quem vazou, então, a informação? Se a revista mentiu, o ministro deveria mandar apurar as responsabilidades do vazamento, que foi prejudicial à economia do país, num mercado que envolve o interesse de investidores. Neste caso, a Comissão de Valores Mobiliários, a polícia federal e o ministério público devem apurar a origem e punir a irresponsabilidade de jornalistas, agentes públicos e operadores do mercado financeiro que geraram e alimentaram a especulação.
No trajeto do plano em curso, anularam os malfeitos de FHC e Aécio (mais que delatados) e, desde as 5 horas da manhã de hoje (04/03/2016), a Polícia Federal está na casa do ex-presidente Lula da Silva, com com transmissão ao vivo. Esta postura da polícia federal (decorrente, ou não, de ordem emanada de um juiz inferior, viola o estado de direito, que tem no habeas corpus a preservação e a garantia das liberdades no país. Uma vez que, como noticiado, o Presidente Lula tinha em seu favor uma ordem judicial superior que lhe garantia sua liberdade.
Creio que é melhor que as forças reacionárias e da imprensa tradicional assumam logo o golpe, a fim de se iniciar abertamente a luta de resistência e de trincheira, que não terá trégua.
Hoje, o dia infelizmente não será branco, como na canção de Geraldo Azevedo, pois foi quebrada definitivamente a ordem do estado democrático de direito no país.
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