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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

A FALA DO COMANDANTE DO EXÉRCITO E A INDICAÇÃO DE ALEXANDRE DE MORAES PARA O STF

Foto: divulgação Exército Brasileiro Na última sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017, o Comandante do Exército, General Eduardo Villas Boas, concedeu importante entrevista ao Jornal Valor, cuja repercussão tem sido abafada por setores da mídia tradicional e principalmente do meio político. O general tocou em temas atuais e relevantes para o país, como a calamidade na área de segurança, em que “hoje morrem cerca de 60 mil pessoas por ano assassinadas, cerca de 20 mil pessoas desaparecem no país por ano, 100 mulheres são estupradas por dia.”   Com relação ao bárbaro estupro de mulheres no século XXI, foi dada a resposta, de forma consciente ou não, ao parlamentar que diz “que certas mulheres não merecem ser estupradas”. Estes dados revelam o estado de crueldade em que vive a sociedade brasileira, na qual se aceita com naturalidade assassinatos, desparecimentos de pessoas e estupros sistemáticos de mulheres, sem que as pessoas se alarmem, de verdade, com estes graves acontecimen

POLÍTICA E CORRUPÇÃO

La horde, de Max Ernst, 1927. Nesta semana fui indagado sobre o que a operação “lava a jato” poderia deixar de herança para o Brasil. Entendo que a corrupção não tem ideologia nem vinculação com regimes de governo, porém tem ligação direta com a fraqueza humana consistente no desejo de se ter muito além do necessário. Mas o que leva um indivíduo a desejar ter mais do que necessita, efetivamente, para sobreviver? Ter quatro ou cinco carros de luxo, vários relógios e jóias? Deixamos tais questões para a reflexão do leitor. A nosso ver, a corrupção tem relação direta com os desvios praticados pelos integrantes de uma sociedade com limites éticos fluidos; ela encontra seu espaço, por exemplo, na busca do lucro a qualquer custo, que se constitui terreno fértil para sua instalação. Ela viceja quando empresas propõem fazer negócios em troca de facilidades, mas alcança também os cidadãos, quando se dispõem a pagar qualquer valor para obter vantagens ilícitas de todo tipo, grandes ou

ARTIGO: o que é POLÍTICA?

Claude Raimond-Dityvon, Paris, 1968. A política é marcada pela ação humana, que tem no pensar e no agir o seu fundamento. Por isso, Aristóteles (S.d) diz que o “homem é um animal político, destinado a viver em sociedade (...). O que distingue o homem de um modo específico é que ele sabe distinguir o bem do mal, o justo do injusto”. A racionalidade, conjugada à ação política, produz a cultura. Cultura é o fenômeno decorrente das interações do homem com o meio (geografia), nele produzindo transformações. A sociedade é o conjunto de todos os indivíduos, que, em determinado estágio de seu desenvolvimento, fundam o Estado, que decorre da criação intelectual. A política exige racionalidade de toda a sociedade para se evitar diversos tipos de conflitos, principalmente aqueles com capacidade para provocar o pior mal social, que é guerra, causadora de mortes e geradora de destruição. Nesse contexto, Hobbes (1979) salientou que o homem é o lobo de si mesmo, quando não deixa a raciona