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Mostrando postagens de setembro, 2021

MEMÓRIA, CULTURA E RESISTÊNCIA

Descoberta da terra. Candido Portinari, 1941.   Por Jorge Folena Nos últimos textos apresentados nesta coluna tenho tratado dos temas relacionados à memória e ao esquecimento; sendo este último empregado pela classe dominante brasileira como tentativa de impor um apagamento dos seus malfeitos e a negação das lutas de resistências do povo brasileiro, ao longo da formação do país até os dias de hoje.  Desde muito tempo tentam convencer o povo brasileiro de que ele é “cordial” e “pacífico”, lhe sendo dito que deve trabalhar para colaborar no progresso do país, como destacado pelo ideal positivista “ordem e progresso”, não por acaso posto na bandeira nacional quando da Proclamação da República (1889). Naquele momento, a imposição desta filosofia, por meio de acordo das classes oligárquicas dominantes, visava criar uma barreira para impedir a rebelião da maioria da população brasileira, constituída por negros escravizados, que, mesmo após a abolição formal da escravidão (1888) continuaram a

OLHAR O PASSADO PARA COMPREENDER O PRESENTE E PROJETAR O FUTURO DO BRASIL

   Os retirantes. Cândido Portinari, 1944. Por Jorge Folena   “ Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado.”   (Marx, O dezoito Brumário de Louis Bonaparte) Como manifestou o ex-deputado federal José Genoíno, no programa Soberania em Debate, do Movimento SOS Brasil Soberano do SENGE/RJ, de 10 de setembro de 2021, o desenrolar dos recentes acontecimentos do último dia Sete de Setembro, no Brasil, foi a consolidação da farsa e da tragédia, mas também representou uma grande comédia, que culminou no “manifesto à nação”, redigido por um golpista contumaz e assinado por um fascista pusilânime e covarde. Como resultado dessa sequência de atos, a classe dominante do país, que sempre desprezou o povo brasileiro, logrou construir, ainda que no susto, mais um acordão para tentar manter sua sobrevivência num país compl