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Mostrando postagens de junho, 2017

SEQUESTRO DAS NAÇÕES PELO CAPITAL

Foto de Aly Song/Reuters O jornalista Andy Robinson, em seu livro “Um repórter na montanha mágica” (Editora Apicuri, 2015), revela de que forma os integrantes do exclusivo clube dos ricos de verdade comandam a política universal, a partir da gelada Davos, e patrocinam a destruição de nações inteiras para alcançar seus objetivos econômicos particulares. Muito antes que alguns cientistas sociais cunhassem a expressão “tropa de choque dos banqueiros”, ao se referirem ao grupo considerado como classe média, Robinson desvendou como aqueles menos de um por cento da população universal manipulam sem qualquer piedade os outros noventa e nove por cento, inclusive promovendo ações sociais de suposta bondade, que contribuem para aumentar e perpetuar a miséria entre os povos. Ao falar sobre as mencionadas ações caritativas, patrocinadas por bilionários como Bill Gates e o roqueiro Bono da banda U2, Slavoj Zizek rotulou seus realizadores   de “comunistas liberais”, que manipulam organiz

A CRISE E OS QUATRO CAMPOS DA POLÍTICA

Por Francisco Carlos Teixeira da Silva [1] PARTE I: As Condições Globais: Não resta muita dúvida de que a crise que vivemos, desde as “Jornadas de 2013”, é a maior da História da República.  A soma dos seus aspectos econômicos, sociais – o devastador número de desempregados, subempregados e desalentados em busca de uma posição de trabalho, que hoje em conjunto atinge cerca de 21 milhões de pessoas – e os  aspectos institucionais desembocaram numa crise sem precedentes na História contemporânea do país. Acima de tudo a crise institucional, no sentido que as forças centrífugas extrapolaram o embate político, colocando em risco a autonomia, harmonia e independência dos Poderes da República. A ação política entra em choque, e, por vezes, em cheque, com a Constituição e seu ordenamento. O General-comandante do Exército do Brasil, Eduardo Villas Bôas, do alto de sua experiência, vivência e abnegação – em circunstâncias dolorosas  –  viu-se obrigado a declarar que o Brasil “

SOBERANIA E DEPENDÊNCIA: UMA ANÁLISE (PÓS)COLONIAL DA ELITE BRASILEIRA

TRABALHO APRESENTADO NO III SEMINÁRIO SOS BRASIL SOBERANO, NA CIDADE DE BELO HORIZONTE, EM 08/06/2017. Por Jorge Rubem Folena de Oliveira [1] O título desta apresentação é Soberania e Dependência: uma análise (pós)colonial da elite brasileira. Agradeço o convite para estar aqui em Belo Horizonte, neste terceiro seminário, organizado pelo Projeto SOS Brasil Soberano, para tratar de tema tão importante para o país, principalmente depois de decorrido mais de um ano do golpe que afastou a legítima presidente Dilma Rousseff e deu início ao desgoverno de Temer. O presidente-em-exercício, desde o golpe que o levou ao comando do país, atua para enfraquecer a soberania nacional e impor a dependência do Brasil ao capital financeiro internacional, em mais uma aposta da elite brasileira no colonialismo, fio condutor de sua formação histórica. A elite brasileira sempre optou pelo subdesenvolvimento e por isso sabotou o país, que até 2014 crescia e prosperava, como d

UM PEQUENO FILME PARA REFLEXÃO

Quando a violência institucional e social se transforma em crueldade de uma sociedade inteira. Onde podemos terminar?

TEMER RETOMA PROJETO DE FHC E GERA DESEMPREGO EM NÍVEIS RECORDES

POR   VERÔNICA COUTO   ·  5 DE JUNHO DE 2017 WWW.SOSBRASILSOBERANO.ORG.BR A redução da população ocupada e do número de empregados com carteira assinada no Brasil durante o governo Temer é uma das mais agudas da história e aponta para a precarização do trabalho e o confinamento da maioria da mão de obra brasileira em atividades de baixa remuneração e alta vulnerabilidade social, alerta a supervisora técnica do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Rio, Jessica Naime. Reflete o modelo econômico proposto ao país pelo atual governo Temer – e pelas forças que o sustentam. “Todas as reformas que estão sendo apresentadas têm por trás um projeto de país com Estado mínimo e redução de investimentos públicos, em que voltaremos a ser exportadores de matérias-primas e importadores de produtos industrializados, com inserção periférica no cenário global”, diz Jessica. Um projeto da mesma natureza, mas radicalizado, daquele tentado pelo ex-presidente

REFORMA TRIBUTÁRIA PENALIZA CONSUMIDOR E IMPLODE A PREVIDÊNCIA

POR   VERÔNICA COUTO   ·  17 DE MAIO DE 2017 www.sosbrasilsoberano.org.br O próximo lance do governo para consolidar o desmanche da rede de proteção social criada pela Constituição de 88, se forem aprovadas as reformas da Previdência e Trabalhista, será a Reforma Tributária. Desde o mês passado, um documento preliminar das propostas vem sendo discutido em fóruns empresariais em várias cidades do país. Similiar à que foi tentada em 2009, a reforma acabaria com dez impostos, entre os quais todos aqueles destinados a financiar a Seguridade Social (inclusive a Previdência), como a Cofins e a CSLL. As diretrizes da proposta priorizam a tributação do consumo, uma opção que atinge principalmente a população de menor renda, para a qual têm maior peso relativo as taxações embutidas nos preços de comida, roupa, aluguel, luz, serviços, adverte o cientista político Jorge Folena. Para ele, antes de reformar a arrecadação, é necessário entender para aonde vai aquilo que é arrecadado. “O maior