Somente
ontem à tarde, dia 10 de maio de 2016, o Advogado Geral da União entrou com o
pedido de nulidade da votação, ocorrida no dia 17 de abril de 2016, na Câmara
dos Deputados, que decidiu pela abertura do processo de impeachment contra a
presidenta Dilma Roussef.
Inacreditável
que o Advogado Geral tenha levado tanto tempo para fazer o pedido de nulidade (irregularidade
que ele mesmo apontou no dia posterior à referida votação – 18/04/2016) e que
tenha deixado a propositura da ação judicial somente para a véspera da votação da
abertura do impeachment no Senado, o que ocorrerá hoje, 11 de maio de 2016.
O
atual Advogado Geral da União, que anteriormente foi Ministro da Justiça no
mesmo governo, sempre foi muito questionado quando à frente da sua antiga
função, em consequência da sucessão de desmandos cometidos pela Polícia
Federal, que estava sob sua supervisão, mas agia como se não lhe devesse
nenhuma obediência. O então ministro limitava-se a afirmar que “vivemos numa república”
e, assim, as instituições teriam liberdade para agir, mesmo que atuando de
forma abusiva em muitas oportunidades, como no caso das escutas telefônicas no
Palácio do Planalto.
No
momento em que se iniciou a tramitação do processo de abertura de impeachment
na Câmara dos Deputados, o ex-Ministro da Justiça foi afastado de suas antigas
atribuições e ganhou, como promoção, a chefia da Advocacia Geral da União e,
desta forma, assumiu, pessoalmente, a defesa da Presidenta da República no
impeachment.
Suas
magníficas defesas, apresentadas na Câmara dos Deputados, foram aplaudidas e
elogiadas por toda a oposição e pelos meios de comunicação social, ou seja, por
aqueles que querem derrubar a presidenta da República, por meio de um golpe com
data marcada para hoje, 11/05/2016; golpe cuja conclusão já está definida, a
não ser que aconteça algum fato estranho ao roteiro traçado pelos golpistas,
que contam com o poder “espiritual” e “simbólico” da mídia tradicional para implantar
nos corações e mentes a crença de que tudo transcorreu dentro da mais profunda
normalidade e legalidade.
Até
agora, não se sabe se o Advogado Geral questionou se o vice-presidente pode ou não
constituir um novo governo e nomear novos ministros, mesmo não havendo a
destituição jurídica da presidente da República, na hipótese de o Senado
aceitar a abertura do processo de impeachment. Por que será que isto não foi
feito?
Irá
a presidenta Dilma Roussef manifestar que
seus ministros devem continuar à frente de seus cargos e que ela mesmo
permanecerá no Palácio do Planalto até o julgamento definitivo do impeachment
no Senado Federal? Agindo assim, a
presidenta estará, a nosso juízo, atuando dentro das regras constitucionais e
da legalidade.
Porque,
se assim for, a oposição e o vice-presidente é que terão de ir ao Supremo
Tribunal Federal, para tentar se apossar e “conquistar” - sem votos e sem povo
- o governo, instalando o golpe no
Brasil.
Vale
lembrar que o Supremo Tribunal Federal já foi devidamente comunicado, pelos
organismos internacionais, de que existe um golpe em curso no Brasil e que a
democracia está sendo violada.
De
que forma o Advogado Geral da União orientou a presidenta da República sobre o
tema: é a grande interrogação, que fica no ar até o final deste dia 11 de maio
de 2016.
Seu questionamento é o mesmo de todos nós que esperamos que finalmente, vença a Democracia e o respeito aos 54 milhões de votos recebidos pela Predidenta Dilma.
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